Por mais jovem, bonita e esbelta que você seja, é bom se preparar: mais dia, menos dia será preciso avaliar em que estado se encontram seus ossos. O motivo é que todas as mulheres estão sujeitas a um enfraquecimento progressivo do esqueleto, devido a uma doença chamada osteoporose, principalmente quando entram na menopausa.

Você pode estar pensando que este é um problema que só atinge as mais velhas. Em parte, isso é verdade. Mas é preciso lembrar que , dos 4,8 milhões de mulheres brasileiras que têm a doença, cerca de 17% têm menos de 55 anos.

É um número e tanto, ainda mais quando se sabe que a metade acabará tendo algum tipo de fratura óssea, principalmente do fêmur ( o osso da coxa) e da bacia. Para piorar, pelo menos 200 mil mulheres deverão morrer devido à complicação deste tipo de fratura.

Assustador não é mesmo? Mas as coisas melhoram quando você lembra que é possível prevenir a doença e se livrar das consequências. Como? Bem , vamos por partes. Em primeiro lugar é preciso saber de que maneira a osteoporose aparece. Todas as pessoas, a partir dos 45 anos. experimentam enfraquecimento dos ossos.

Na mulher, ele é mais acentuado por dois fatores: a falta do hormônio feminino estrógeno, que acontece após a menopausa, e a hereditariedade. Não é a toa que 80% das vítimas da doença pertencem ao sexo feminino.

Por algum motivo, além da diminuição hormonal, também ocorre redução na absorção de cálcio pelo organismo. Este é um elemento fundamental na formação e manutenção óssea. Sem o mineral, os ossos começam a ficar mais porosos e quebradiços, sujeitos à fraturas.

O pior é que tudo isso acontece quase sem sintomas evidentes, porque a perda da massa óssea é práticamente indolor. Quando muito, a mulher se queixa de algumas dores inespecíficas ou um pouco de cansaço. Sabe-se que, no Brasil, 75% dos casos de osteoporose são diagnosticados por acaso, quando os médicos estão investigando alguma outra doença ou sintoma. Ou pior: às vezes, a primeira manifestação da doença é justamente uma fratura.

O exame ideal para saber em que estado estão seus ossos é a densitometria óssea. É uma espécie de raio X, só que mais sofisticado. Se você estiver na pré-menopausa, deverá fazer pelo menos um desses. Ele servirá de base para comparações no futuro. Se houver outros casos de osteoporose na família, o exame deverá ser feito com mais assiduidade, a critério médico. Depois da menopausa, o ideal é que você faça uma densitometria por ano.

Outro exame que indica fragilidade óssea é o de ultra-som, mas ele não é tão preciso. Existem alguns fatores ligados a hábitos de vida que aceleram o enfraquecimento de seus ossos. Fumo, ingestão de álcool ou café em excesso e a falta de exercícios são alguns deles. A dieta pobre em cálcio é outro. Além disso, as mulheres de raça branca estão mais sujeitas à doença do que as asiáticas e negras.

Você tem que se adaptar a novos costumes para prevenir a osteoporose. Deixar o café, o uísque e o cigarro é uma medida essencial contra a perda óssea. Exercícios regulares, como a hidroginástica, ajudam a fortalecer os ossos, mas lembre-se de consultar seu médico antes de iniciá-los.

A dieta é um caso à parte. Você precisa montar seu cardápio de modo que ele contenha altas taxas de cálcio. Os alimentos mais ricos neste mineral são o leite e seus derivados, como queijo e iogurte. Os peixes e os frutos do mar também contém grandes quantidades. Entre as verduras, todas aquelas com folhas verdes não podem faltar à sua mesa, como brócolis, alface, acelga e agrião.

Quanto aos remédios e aos suplementos alimentares à base de cálcio, eles não devem ser tomados sem orientação médica. Sempre é bom não esquecer que a maioria dos cálculos renais é composta de cálcio e uma superdosagem pode predispor a este tipo de problema.

Outra coisa: mesmo as mais jovens precisam se cuidar. O fortalecimento da estrutura óssea e esquelética, a longo prazo, faz com que os efeitos da diminuição de hormônios femininos na menopausa não provoque estragos tão grandes.

O principal elemento para constituição do osso é o cálcio. Sua perda provoca desmineralização do esqueleto, tornando-o mais quebradiço e sujeito a fraturas. Este é o processo básico da osteoporose. A solução óbvia seria aumentar a ingestão através de uma dieta rica neste mineral, certo? Até certo ponto.

O cálcio é um elemento bastante temperamental. Ele não costuma cooperar muito com seus esforços para tornar a dieta mais saudável. Por exemplo: quando você toma leite (um alimento sabidamente rico em cálcio) com cereais, ele adere de modo tão firme à porção sólida da mistura que seu sistema digestivo não consegue separá-los, eliminando-os rápidamente.

Outro detalhe importante: todo o cálcio do mundo será inútil se você não fizer exercícios regularmente, e note bem, a melhor ginástica para estes casos é a que envolve trabalho muscular contra resistência, como musculação e step.

As necessidades diárias de cálcio estão situadas em algum ponto entre 1,000 mg/ dia (para aquelas entre 31 e 50 anos) e 1,200 mg/ dia (para as que já passaram dos 50). Nos Estados Unidos, as pesquisas indicam que a maioria das mulheres não consome sequer 70% disso. No Brasil, estes números devem ser menores ainda.

Seu corpo possui fontes alternativas de cálcio, mas elas significam, quase sempre, um processo auto-destrutivo: quando há falta, o organismo "rouba" cálcio dos próprios ossos. A visão comum é de que o esqueleto seja algo inanimado. Nada mais falso.

Os ossos estão em perpétuo "movimento": cálcio entra e sai deles com a mesma facilidade. Por comparação imagine uma escrivaninha em que você vai tirando lascas de madeira sem que haja reposição do que foi perdido. Em pouco tempo ela estará repleta de falhas e buracos. É o que acontece com seus ossos quando não há cálcio suficiente em circulação.

Com o tempo, eles se enfraquecem e se tornam mais finos, levando-a a ter fraturas espontâneas e deformidades na coluna, quando entrar na velhice. Não é preciso chegar a tanto. Ou tampouco ficar apavorada. Mas a atitude mais correta e sensata é começar a prevenção da doença bem cedo. Enquanto você tem tempo.

Leite

Queijo

Sorvetes

Iogurtes

Manteiga

Salmão

Corvina

Agrião

Acelga

Brócolis

Tomate

Tofu