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Fique por dentro da moda para o inverno e se aqueça com elegância.

Bjos!


A maioria dos estilistas já não gosta de falar de tendências. Cada um diz que segue um desejo pessoal e sua percepção sobre o que o mundo está querendo. Nesses desejos e percepções, porém, há linhas convergentes e que se cruzam no meio do caminho – ou melhor – das passarelas. As cores, as estampas, a modelagem e a atitude de inverno começaram a ser reveladas nessa semana de moda carioca. Vamos ver o que espera São Paulo. Por enquanto, confira 10 delas:


Jogo de contraste – Mistura de peças leves e pesadas. Vale apostar na seda com couro, na malha quase transparente com tricô pesados. Nos brilhos dos paetês das roupas misturadas a calçados pesados. Alfaiataria com moletom; roupa clássica com roupa de rua. E no paradoxo mais extremo a que se podia chegar: balé com militar, como na New Order. Mas isso só vem confirmar uma tendência de rua, jovem e atual.





Transparências – Tramas abertas, tules, rendas, organzas fazem o corpo feminino ficar em evidência, mas sem exageros. Tendência – ou inspiração – que vem vindo, vem vindo, vem vindo. E acabou ficando para mais uma estação.

Pezinhos – As botas continuam a dar passos largos para o inverno. Vem com vazados, altas e baixas, lembrando coturnos femininos. Dão peso às produções e caminham de mãos dadas com tecidos finos e vestidos gostosos. Mas a influência do balé também faz as sapatilhas, os escarpins e até mesmo as botinhas ganharem fitas como enfeites ou amarrações.


Tramas – No verão, telas, tramas e redes marcaram presença nas passarelas. Agora vêm nos trabalhos de crochê, tricô e macramê. E até mesmo em plástico, como na tela de galinheiro de Mara Mac. Na Coca-Cola Clothing, tinha até macacões com tramas bem abertas. Não dá para usar, mas dá para adaptar a ideia em outras produções. Já citei o tricô, mas vale repetir: tricô, tricô, tricô, de pontos bem abertos e lã bem, grossa. Ou bem delicada, como nas transparências de Lucas Nascimento.

Desconstrução – Os estilistas resolveram pegar pegas clássicas, desconstruir e depois reconstruir, com tecidos e materiais diferentes. Então, um paletó pode vir de tecido plano complementado com tricô grosso, por exemplo, e assim vai.


Sobreposição – Dos visuais mais finos e sofisticados aos mais jovens e com pegada streetwear, peças e tecidos se sobrepõem umas às outras. Paetês podem vir cobertos por peças de tecidos transparentes e vice-versa. Vale também o mesmo tecido em várias peças colocadas juntas, como as malhas da Redley.

Estampas – Os xadrezes, as listras e os gráficos estão entre os mais vistos. Mas valem também as botânicas, com folhas e flores, dando continuidade ao enorme jardim montado nas passarelas de verão. Agora, as nuanças são mais outonais mesmo. E a estaMparia digital, com fotos – principalmente em preto-e-branco -, também está por aí. O tie-dye continua e acho que vai ficar por um bom tempo.


Cores – Temos os tons invernais, como preto,verde-musgo, bordos, arroxeados e marrons chegando ao caramelo. Todos de forma efetiva e convincente. Mas as cores vivas, vistas nos desfiles de verão no Hemisfério Norte já chegaram para nossos dias frios. Anotem: azul,verde, pink, laranja,amarelo e alguns vermelhos.

Comprimento – Há para todos os gostos. Longos, bem anos 70. Curtos, para as garotinhas descoladas. E muitas saias e vestidos de altura média que começam a surgir, seguindo as propostas vistas nos desfiles internacionais. É a inspiração em décadas passadas: anos 40, 50, 60, 70, para uma mulher elegante, fina e classuda.

Belezinha - Tem o brilho da era disco (claro, não podia faltar, afinal Marc Jacobs escancarou essa referência no seu desfile de verão em Nova York), mas o que dominou mesmo foram as caras limpas, como se não existisse maquiagem no mundo. A tal da maquiagem invisível: ela está lá, deixando a pele linda e maravilhosa, mas ninguém vê. Os cabelos têm coques e rabos, mas também vêm soltos, meio despenteadinhos ou com o estilo anos 70. A escolha é sua.

Fonte: Terra