inofensivos
Remédios que parecem "inofensivos" também oferecem riscos à saúde
domingo, maio 22, 2011Olá pessoal, boa tarde!
Super interessante essa matéria!
Todo mundo tem em casa uma caixinha de remédios repleta de medicamentos para dores ou desconfortos que aparecem de última hora. Nestes momentos, parece até que ouvimos, no nosso inconsciente, uma voz materna resolvendo todos os nossos problemas: "Tá com dor de cabeça? Toma aqui esse analgésico, meu filho"; "Comeu demais? Ah, um antiácido resolve isso já , já"; Nariz entupido? Pra que o sofrimento? "Use um desentupidor nasal para conseguir dormir um soninho tranquilo".
Mas o que não fica claro nas prateleiras das farmácias é que o uso contínuo de alguns tipos de remédios pode ser nocivo ao organismo, especialmente quando tomados sem critério. Dependendo do princípio ativo da medicação ou de fatores biológicos como idade, pressão alta ou diabetes, um simples incômodo pode se tornar um problema mais grave.
Para qualquer dorzinha existe um santo remédio? Os médicos avisam que não é bem assim. Veja o infográfico e comprove que, em alguns casos, ler a bula e evitar o uso de remédios à toa pode ser muito mais eficaz do que prevenir ou até mesmo remediar.
1 - Remédios para dores em geral, gripe e febre
Para aliviar a dores com eficiência, dar um fim naquela gripe chata ou diminuir a febre, muita gente opta por analgésicos e anti-inflamatórios disponíveis às pencas nas gôndolas das farmácias. Divulgados amplamente pela mídia, este tipo de remédio é bem aceito e passa longe de exigir uma leitura de bula ou consulta a um especialista.
Mas algumas restrições devem ser observadas para que este tipo de medicação não se torne uma muleta e passe a ser utilizada toda semana.
Segundo a Dra. Maria Elisa Gonçalves Ramos, que é enfermeira e professora da Faculdade de Medicina da Fundação ABC, os remédios que têm como princípio ativo a dipirona devem ser consumidos com restrição, pois, caso a pessoa não saiba que tem alergia ao medicamento, pode sentir grande coceira pelo corpo e desconforto respiratório. "Uma das complicações mais graves neste sentido é a Síndrome de Steven Johnson, caracterizada por um conjunto de sinais como queimaduras para o corpo e reações severas como bolhas e o fechamento da glote", explica.
Segundo o Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva, chefe de Clínica Médica da Unifesp, a dipirona também pode baixar um pouco a pressão arterial e causar certa moleza quando usada com muita frequência. Por isso, ele avisa: "É preciso, em primeiro lugar, saber diferenciar a gripe de um resfriado, que é caracterizado por coriza e dor de garganta passageira, e dura de três a quatro dias. Quem está com resfriado, não tem que tomar remédio nenhum", conclui.
Um caso muito comentado pela mídia foi o dos analgésicos com base em paracetamol, que, segundo pesquisas, podem causar danos ao fígado. O médico explica que este tipo de remédio deve ser administrado com cautela, especialmente durante os surtos de dengue, quando são largamente receitados. "Dengue virou sinônimo para se tomar o paracetamol, mas ninguém fala dos efeitos tóxicos desta medicação."
Já o Dr. Pedro Genta, clínico geral da Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para os medicamentos que têm como princípio ativo o ácido acetilsalicílico, que podem trazer, com o uso prolongado, sangramentos gástricos, problemas renais e de pressão. "Este tipo de medicação tem que ser tomado com cautela, especialmente pelos idosos, pacientes hipertensos, diabéticos ou com alguma doença renal. Quanto maior o tempo de uso, maior o risco", alerta.
2 -Antialérgicos
Os antialérgicos, geralmente utilizados para controlar a reação do organismo a alguma substância, podem trazer complicações quando combinados com algum outro tipo de medicamento. O Dr. Pedro Genta avisa que os maiores riscos acontecem quando os antialérgicos são combinados a remédios para gripe ou dores em geral, pois, a longo prazo, podem provocar a alteração da pressão arterial e, em casos mais graves, o desenvolvimento de uma úlcera gástrica.
3 - Remédios para cólicas
De acordo com a Dra. Maria Elisa, a principal recomendação com relação aos remédios que diminuem a cólica tem a ver com a persistência da dor. Se o desconforto é constante é preciso, antes de se medicar, procurar um especialista. "As cólicas são ocasionadas pelo aumento do peristalse, ou seja, é um movimento que o intestino está fazendo para eliminar alguma coisa. Se você está tomando algo para conter a dor, está impedindo que o seu organismo o elimine", explica.
Para aliviar este tipo de problema, geralmente são indicados remédios que têm como base o butilbrometo de escopolamina , um medicamento antiespasmódico que destina-se ao tratamento de dores, cólicas, espasmos e desconforto abdominais, segundo a assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), Amouni Mourad.
Como reações adversas, ela indica, podem ocorrer sensação de secura na boca, transtornos da acomodação visual, taquicardia, vertigem e, potencialmente, retenção urinária.
4- Calmantes
Embora a venda de calmantes só seja permitida mediante receita médica, há quem consiga burlar a lei e "roubar" pílulas de algum familiar próximo que use remédios ansiolíticos. Pessoas buscam calmantes para aliviar sentimentos como ansiedade, tensão, medo, apreensão, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, hiperatividade e insônia. Muitas vezes, ao primeiro sinal de falta de sono, o calmante é visto como a única alternativa para salvar a noite.
Os especialistas são unânimes em afirmar que, a longo prazo, o principal problema ligado a essa prática é a dependência que estes remédios podem causar. De acordo com a Dra. Maria Elisa, sem a recomendação médica, não há como o paciente saber se de fato pode ingerir este tipo de medicamento: "Ansiolítico é complicado porque se ele desligar somente a parte neurológica responsável pelo sono, a pessoa não vai ter problema nenhum. Mas não há garantia de que ele desligue apenas essa área." Ela explica que, por este motivo, é um médico que tem que indicar e testar essas medicações, pois ele vai começar com doses leves e, a partir disso, observar os efeitos.
O Dr. Pedro Genta alerta para a incidência de problemas respiratórios, intoxicações, e, especialmente, dependência. "Este tipo de medicamento, quando tomado em doses exagerados, oferece risco de morte", explicou.
5- Laxantes
O uso de laxantes é muito comum entre as mulheres, que, segundo a Dra. Maria Elisa, são quem mais sofrem com os problemas intestinais. "As mulheres de um modo geral seguram mais, ao contrário dos homens, que não têm vergonha de ir ao banheiro em qualquer lugar."
Ela explica que o uso destes medicamentos geralmente é visto como algo inofensivo, uma vez que muitos deles são vistos como homeopáticos, quando na verdade não são 100% naturais.
O uso crônico de laxante pode alterar a absorção das vitaminas e o funcionamento do intestino: "Se a evacuação acontece muitas vezes ao dia, o organismo acaba não absorvendo minerais e vitaminas necessárias. Outro grande problema trazido pelos laxantes é que o intestino entende que não precisa mais trabalhar, já que o remédio elimina", esclarece a doutora.
6 -Remédios para controlar a diarreia
De acordo com o Dr. Paulo Olzon, a diarreia é uma defesa do organismo contra agentes que devem ser eliminados. "A melhor postura, na ocasião de diarreia, é não fazer nada. Se ficar intensa, ou aparecer febre, é preciso procurar o médico e manter uma alimentação leve, sem resíduos."
Amouni Mourad, do CRF-SP, explica que os remédios usados com este fim são chamados de antidiarréicos e antiperstálticos, e têm a função de diminuir a frequência das evacuações e aumentar a consistência das fezes. Como uma das principais consequências da diarreia está associada à desidratação, o bom e velho soro caseiro ainda continua sendo uma das soluções mais eficazes.
7 - Diurético
Usados por quem tem inchaço pela retenção de líquido, ou por algumas pessoas que acreditam que o remédio ajuda a perder peso, os diuréticos podem causar desidratação e perda de potássio, de acordo com os médicos ouvidos pelo Terra.
Entre as reações adversas provocadas por este tipo de remédio, elencadas por Amouni Mourad, do CRF-SP, estão a hipotensão arterial, fotossensibilidade, anorexia e desconforto epigástrico.
8 - Antiácidos
Trazem um alívio danado, mas devem ser usados com moderação. Leia a bula: antiácidos que têm como princípio ativo o ácido acetilsalicílico podem ser agressivos ao estômago, indicam os especialistas ouvidos pelo Terra.
Pessoas com histórico de gastrite devem tomar com bom senso, pois já possuem uma predisposição a este tipo de inflamação.
Geralmente tidos como a grande solução para sintomas como acidez estomacal, azia, dor de estômago, enjôo, má digestão e queimação, os antiácidos podem trazer reações adversas como edema, distenção gástrica e flatulência, segundo informações do CRF-SP.
9 - Desentupidores nasais
Em função da poluição e alergias, muitas pessoas ficam com o nariz entupido e, para isso, usam desentupidores nasais. Segundo as fontes consultadas, o uso frequente pode viciar o paciente e, pior, tornar o entupimento definitivo.
"Os medicamentos levam a pessoa a ter que usar doses cada vez maiores e, com isso, ela pode ter um aumento da pressão arterial ou uma rinite medicamentosa", explica o Dr. Pedro Genta.
Entre as reações mais comuns, também estão irritações passageiras, que ocasionam queimação, ardência e espirros. O CRF-SP indica atenção especial aos diabéticos, que, a partir do uso de medicação que contém em sua composição a nafazolina, podem ter o valor da glicemia elevado.
10 - Remédios para dor de estômago
Pior do que sair tomando qualquer coisa que alivie a dor no estômago é "adotar" um remédio sem saber sua composição e tomá-lo com frequência, ao primeiro sinal de dor. Segundo o Dr. Paulo Olzon, é muito comum as pessoas usarem remédios que amenizam o sintoma rapidamente, sem se preocupar com os efeitos a longo prazo: "Normalmente, as pessoas seguem um mito que diz que dor no estômago é fígado, então acabam usando remédios que contém alumínio, que é um metal pesado e pode ser absorvido e se alojar no cérebro e em outros órgãos."
Segundo o Dr. Pedro Genta, os remédios mais usados neste sentido são os à base de ranitidina, que, a longo prazo, não oferecem muito risco. No entanto, os que têm como princípio ativo o ácido acetilsalicílico merecem atenção, pois são nocivos ao estômago.
11 - As recomendações médicas mais comuns são aquelas frases que todo mundo já cansou de ouvir, mas, no dia a dia, são bem difíceis de colocar em prática. Com a correria do cotidiano, dificuldade para marcar consultas, consultórios lotados e outros problemas relacionados à vida moderna, fica difícil resistir à caixinha de primeiros socorros mais próxima.
Com isso, as pessoas elegem algumas medicações tidas como confiáveis, sem se preocupar com os danos a longo prazo. Segundo o Dr. Paulo Olzon, "as pessoas estão muito mimadas". "Qualquer problema que você sente tem alguma coisa para cuidar, o que favorece muito a indústria farmacêutica."
De um modo geral, os especialistas entrevistados são contra o uso de remédios de forma contínua, desregrada e sem orientação. "Um medicamento, mesmo que isento de prescrição, como é o caso dos analgésicos, deve ser consumido sempre com orientação do farmacêutico. Utilizar um medicamento por conta própria e sem orientação de um profissional de saúde habilitado pode agravar o estado de saúde do indivíduo, ocasionar reações adversas e mascarar ou agravar uma doença", indica o CRF-SP.
Na persistência de algum sintoma, o ideal é sempre procurar um médico ou farmacêutico, que têm a capacidade técnica de administrar o tipo e dose de remédio adequado a cada tipo de problema, além de alertar o paciente sobre reações adversas, efeitos colaterais e tempo de uso necessário.
Se o profissional não der essa informação, pergunte. Ao contrário das medicações, o excesso de informação não mata ninguém.
Fonte: Terra
Super interessante essa matéria!
Todo mundo tem em casa uma caixinha de remédios repleta de medicamentos para dores ou desconfortos que aparecem de última hora. Nestes momentos, parece até que ouvimos, no nosso inconsciente, uma voz materna resolvendo todos os nossos problemas: "Tá com dor de cabeça? Toma aqui esse analgésico, meu filho"; "Comeu demais? Ah, um antiácido resolve isso já , já"; Nariz entupido? Pra que o sofrimento? "Use um desentupidor nasal para conseguir dormir um soninho tranquilo".
Mas o que não fica claro nas prateleiras das farmácias é que o uso contínuo de alguns tipos de remédios pode ser nocivo ao organismo, especialmente quando tomados sem critério. Dependendo do princípio ativo da medicação ou de fatores biológicos como idade, pressão alta ou diabetes, um simples incômodo pode se tornar um problema mais grave.
Para qualquer dorzinha existe um santo remédio? Os médicos avisam que não é bem assim. Veja o infográfico e comprove que, em alguns casos, ler a bula e evitar o uso de remédios à toa pode ser muito mais eficaz do que prevenir ou até mesmo remediar.
1 - Remédios para dores em geral, gripe e febre
Para aliviar a dores com eficiência, dar um fim naquela gripe chata ou diminuir a febre, muita gente opta por analgésicos e anti-inflamatórios disponíveis às pencas nas gôndolas das farmácias. Divulgados amplamente pela mídia, este tipo de remédio é bem aceito e passa longe de exigir uma leitura de bula ou consulta a um especialista.
Mas algumas restrições devem ser observadas para que este tipo de medicação não se torne uma muleta e passe a ser utilizada toda semana.
Segundo a Dra. Maria Elisa Gonçalves Ramos, que é enfermeira e professora da Faculdade de Medicina da Fundação ABC, os remédios que têm como princípio ativo a dipirona devem ser consumidos com restrição, pois, caso a pessoa não saiba que tem alergia ao medicamento, pode sentir grande coceira pelo corpo e desconforto respiratório. "Uma das complicações mais graves neste sentido é a Síndrome de Steven Johnson, caracterizada por um conjunto de sinais como queimaduras para o corpo e reações severas como bolhas e o fechamento da glote", explica.
Segundo o Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva, chefe de Clínica Médica da Unifesp, a dipirona também pode baixar um pouco a pressão arterial e causar certa moleza quando usada com muita frequência. Por isso, ele avisa: "É preciso, em primeiro lugar, saber diferenciar a gripe de um resfriado, que é caracterizado por coriza e dor de garganta passageira, e dura de três a quatro dias. Quem está com resfriado, não tem que tomar remédio nenhum", conclui.
Um caso muito comentado pela mídia foi o dos analgésicos com base em paracetamol, que, segundo pesquisas, podem causar danos ao fígado. O médico explica que este tipo de remédio deve ser administrado com cautela, especialmente durante os surtos de dengue, quando são largamente receitados. "Dengue virou sinônimo para se tomar o paracetamol, mas ninguém fala dos efeitos tóxicos desta medicação."
Já o Dr. Pedro Genta, clínico geral da Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para os medicamentos que têm como princípio ativo o ácido acetilsalicílico, que podem trazer, com o uso prolongado, sangramentos gástricos, problemas renais e de pressão. "Este tipo de medicação tem que ser tomado com cautela, especialmente pelos idosos, pacientes hipertensos, diabéticos ou com alguma doença renal. Quanto maior o tempo de uso, maior o risco", alerta.
2 -Antialérgicos
Os antialérgicos, geralmente utilizados para controlar a reação do organismo a alguma substância, podem trazer complicações quando combinados com algum outro tipo de medicamento. O Dr. Pedro Genta avisa que os maiores riscos acontecem quando os antialérgicos são combinados a remédios para gripe ou dores em geral, pois, a longo prazo, podem provocar a alteração da pressão arterial e, em casos mais graves, o desenvolvimento de uma úlcera gástrica.
3 - Remédios para cólicas
De acordo com a Dra. Maria Elisa, a principal recomendação com relação aos remédios que diminuem a cólica tem a ver com a persistência da dor. Se o desconforto é constante é preciso, antes de se medicar, procurar um especialista. "As cólicas são ocasionadas pelo aumento do peristalse, ou seja, é um movimento que o intestino está fazendo para eliminar alguma coisa. Se você está tomando algo para conter a dor, está impedindo que o seu organismo o elimine", explica.
Para aliviar este tipo de problema, geralmente são indicados remédios que têm como base o butilbrometo de escopolamina , um medicamento antiespasmódico que destina-se ao tratamento de dores, cólicas, espasmos e desconforto abdominais, segundo a assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), Amouni Mourad.
Como reações adversas, ela indica, podem ocorrer sensação de secura na boca, transtornos da acomodação visual, taquicardia, vertigem e, potencialmente, retenção urinária.
4- Calmantes
Embora a venda de calmantes só seja permitida mediante receita médica, há quem consiga burlar a lei e "roubar" pílulas de algum familiar próximo que use remédios ansiolíticos. Pessoas buscam calmantes para aliviar sentimentos como ansiedade, tensão, medo, apreensão, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, hiperatividade e insônia. Muitas vezes, ao primeiro sinal de falta de sono, o calmante é visto como a única alternativa para salvar a noite.
Os especialistas são unânimes em afirmar que, a longo prazo, o principal problema ligado a essa prática é a dependência que estes remédios podem causar. De acordo com a Dra. Maria Elisa, sem a recomendação médica, não há como o paciente saber se de fato pode ingerir este tipo de medicamento: "Ansiolítico é complicado porque se ele desligar somente a parte neurológica responsável pelo sono, a pessoa não vai ter problema nenhum. Mas não há garantia de que ele desligue apenas essa área." Ela explica que, por este motivo, é um médico que tem que indicar e testar essas medicações, pois ele vai começar com doses leves e, a partir disso, observar os efeitos.
O Dr. Pedro Genta alerta para a incidência de problemas respiratórios, intoxicações, e, especialmente, dependência. "Este tipo de medicamento, quando tomado em doses exagerados, oferece risco de morte", explicou.
5- Laxantes
O uso de laxantes é muito comum entre as mulheres, que, segundo a Dra. Maria Elisa, são quem mais sofrem com os problemas intestinais. "As mulheres de um modo geral seguram mais, ao contrário dos homens, que não têm vergonha de ir ao banheiro em qualquer lugar."
Ela explica que o uso destes medicamentos geralmente é visto como algo inofensivo, uma vez que muitos deles são vistos como homeopáticos, quando na verdade não são 100% naturais.
O uso crônico de laxante pode alterar a absorção das vitaminas e o funcionamento do intestino: "Se a evacuação acontece muitas vezes ao dia, o organismo acaba não absorvendo minerais e vitaminas necessárias. Outro grande problema trazido pelos laxantes é que o intestino entende que não precisa mais trabalhar, já que o remédio elimina", esclarece a doutora.
6 -Remédios para controlar a diarreia
De acordo com o Dr. Paulo Olzon, a diarreia é uma defesa do organismo contra agentes que devem ser eliminados. "A melhor postura, na ocasião de diarreia, é não fazer nada. Se ficar intensa, ou aparecer febre, é preciso procurar o médico e manter uma alimentação leve, sem resíduos."
Amouni Mourad, do CRF-SP, explica que os remédios usados com este fim são chamados de antidiarréicos e antiperstálticos, e têm a função de diminuir a frequência das evacuações e aumentar a consistência das fezes. Como uma das principais consequências da diarreia está associada à desidratação, o bom e velho soro caseiro ainda continua sendo uma das soluções mais eficazes.
7 - Diurético
Usados por quem tem inchaço pela retenção de líquido, ou por algumas pessoas que acreditam que o remédio ajuda a perder peso, os diuréticos podem causar desidratação e perda de potássio, de acordo com os médicos ouvidos pelo Terra.
Entre as reações adversas provocadas por este tipo de remédio, elencadas por Amouni Mourad, do CRF-SP, estão a hipotensão arterial, fotossensibilidade, anorexia e desconforto epigástrico.
8 - Antiácidos
Trazem um alívio danado, mas devem ser usados com moderação. Leia a bula: antiácidos que têm como princípio ativo o ácido acetilsalicílico podem ser agressivos ao estômago, indicam os especialistas ouvidos pelo Terra.
Pessoas com histórico de gastrite devem tomar com bom senso, pois já possuem uma predisposição a este tipo de inflamação.
Geralmente tidos como a grande solução para sintomas como acidez estomacal, azia, dor de estômago, enjôo, má digestão e queimação, os antiácidos podem trazer reações adversas como edema, distenção gástrica e flatulência, segundo informações do CRF-SP.
9 - Desentupidores nasais
Em função da poluição e alergias, muitas pessoas ficam com o nariz entupido e, para isso, usam desentupidores nasais. Segundo as fontes consultadas, o uso frequente pode viciar o paciente e, pior, tornar o entupimento definitivo.
"Os medicamentos levam a pessoa a ter que usar doses cada vez maiores e, com isso, ela pode ter um aumento da pressão arterial ou uma rinite medicamentosa", explica o Dr. Pedro Genta.
Entre as reações mais comuns, também estão irritações passageiras, que ocasionam queimação, ardência e espirros. O CRF-SP indica atenção especial aos diabéticos, que, a partir do uso de medicação que contém em sua composição a nafazolina, podem ter o valor da glicemia elevado.
10 - Remédios para dor de estômago
Pior do que sair tomando qualquer coisa que alivie a dor no estômago é "adotar" um remédio sem saber sua composição e tomá-lo com frequência, ao primeiro sinal de dor. Segundo o Dr. Paulo Olzon, é muito comum as pessoas usarem remédios que amenizam o sintoma rapidamente, sem se preocupar com os efeitos a longo prazo: "Normalmente, as pessoas seguem um mito que diz que dor no estômago é fígado, então acabam usando remédios que contém alumínio, que é um metal pesado e pode ser absorvido e se alojar no cérebro e em outros órgãos."
Segundo o Dr. Pedro Genta, os remédios mais usados neste sentido são os à base de ranitidina, que, a longo prazo, não oferecem muito risco. No entanto, os que têm como princípio ativo o ácido acetilsalicílico merecem atenção, pois são nocivos ao estômago.
11 - As recomendações médicas mais comuns são aquelas frases que todo mundo já cansou de ouvir, mas, no dia a dia, são bem difíceis de colocar em prática. Com a correria do cotidiano, dificuldade para marcar consultas, consultórios lotados e outros problemas relacionados à vida moderna, fica difícil resistir à caixinha de primeiros socorros mais próxima.
Com isso, as pessoas elegem algumas medicações tidas como confiáveis, sem se preocupar com os danos a longo prazo. Segundo o Dr. Paulo Olzon, "as pessoas estão muito mimadas". "Qualquer problema que você sente tem alguma coisa para cuidar, o que favorece muito a indústria farmacêutica."
De um modo geral, os especialistas entrevistados são contra o uso de remédios de forma contínua, desregrada e sem orientação. "Um medicamento, mesmo que isento de prescrição, como é o caso dos analgésicos, deve ser consumido sempre com orientação do farmacêutico. Utilizar um medicamento por conta própria e sem orientação de um profissional de saúde habilitado pode agravar o estado de saúde do indivíduo, ocasionar reações adversas e mascarar ou agravar uma doença", indica o CRF-SP.
Na persistência de algum sintoma, o ideal é sempre procurar um médico ou farmacêutico, que têm a capacidade técnica de administrar o tipo e dose de remédio adequado a cada tipo de problema, além de alertar o paciente sobre reações adversas, efeitos colaterais e tempo de uso necessário.
Se o profissional não der essa informação, pergunte. Ao contrário das medicações, o excesso de informação não mata ninguém.
Fonte: Terra
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