Olá pessoal, boa tarde!
Que tal saber um pouco mais sobre a atriz?
Além do visual exagerado de Natalie Lamour e da beleza sem pudor de Bruna Surfistinha, existe outra Deborah Secco: a que mantém os dois pés no chão e conhece o limite entre ser feliz e ser triste.
Forma e conteúdo
Deborah Secco é uma ilusão. Aquela mulher de corpo escultural, boca vermelha, andar pavonesco e vida social agitada não existe. Ou melhor, só existe na tela da sua televisão, quando a atriz de 31 anos - e 23 de profissão - encarna personagens fictícios diante da câmera. Foi assim com a maria-chuteira Marina de Suave Veneno, a vampira Lara de O Beijo do Vampiro, a deslumbrada Darlene Sampaio de Celebridades.
A mais recente delas, a incandescente Natalie Lamour de Insensato Coração, a novela das 9 da Rede Globo, segue a cartilha da ousadia suburbana feminina no Brasil: sonha com o estrelato, acredita ser mais inteligente do que é, sabe de seu poder de sedução e não se dá conta de que as pessoas a levam muito menos a sério do que ela mesma. Sem mencionar os homens, naturalmente, que dedicam toda a atenção à loira por interesses, digamos, um pouco mais obtusos.
Maquiagem
Personagem real
Mas toda essa volúpia faz parte da personagem que abraçou com unhas, dentes, músculos e uma dieta espartana, baseada em 1,6 mil calorias por dia (o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, para uma mulher, são 2,1 mil). "Ganhei 7 kg de massa magra desde que comecei a malhar para compor a Natalie", diz ela, que atualmente pesa 55 kg e tem 1,64 m de altura. Para a atriz, trata-se de necessidade, e não de mérito. "O corpo que exibo agora está longe de ser o meu favorito. Prefiro ficar mais magra, com pernas menos musculosas", afirma. Mas é, sem dúvida, o corpo que Natalie - e grande parte da audiência brasileira - pediu a Deus.
A notícia é que a Deborah Secco real, aquela que não está na novela e nos anúncios da TV, é melhor, mais agradável e humana. E se revela ainda mais sexy quando abre mão da maquiagem pesada e das bijoux que é obrigada a usar nos sets de gravação e adota sandálias rasteiras, vestido comportado e mega-hair preso em um displicente coque com fios soltos. Foi esse o uniforme da atriz ao chegar para as fotos que ilustram esta reportagem e a capa da ESTILO, realizadas no Rio de Janeiro na véspera do domingo de Páscoa.
Essência
Deborah tem os dois pés no chão. À primeira vista, em um diagnóstico rápido, pode-se dizer até que ela seja um pouco melancólica. "Tenho uma vida muito desinteressante. Não saio, não gosto de balada, não bebo", afirma. "Se eu pudesse, ficaria cinco dias deitada na minha cama, no escuro, sem levantar ou falar com ninguém." Questionada pelo repórter se não está deprimida, ela diz que não, mas reforça certo flerte com essa tristeza perene: "Desde sempre fui assim, no limite entre ser feliz e ser triste".
Sonho realizado
Já se vão mais de duas décadas desde o seu primeiro papel na televisão. Sob a batuta do diretor Dennis Carvalho, uma então magrela e desengonçada atriz de 11 anos de idade fazia sua estreia na TV na novela Mico Preto, em 1990 - isso sem contar algumas campanhas de publicidade, iniciadas três anos antes.
"Deborah é talentosa, disciplinada e muito comprometida com o trabalho. Além disso, é bem-humorada,
uma qualidade que faz toda a diferença na convivência diária", diz Dennis, que atualmente a dirige em Insensato Coração. "É a atriz ideal. Inteligente, brilhante, intuitiva, linda. O que mais se pode pedir?", diz Gilberto Braga, autor do folhetim, em momento de completa rasgação de seda.
Foi um pouco mais tarde, aos 14, quando participou da adaptação para a TV da peça Confissões de Adolescente, de Maria Mariana, que a atriz carioca deu o passo que considerava definitivo na sua carreira. "Sempre tive meus sonhos: queria atuar, fazer novela e ser reconhecida na rua", diz. "Mas foi ali que me dei conta de que era realmente aquilo que desejava para a minha vida, custasse o que custasse." Também foi ali, dirigida por Daniel Filho, a quem considera um guru, que percebeu que seria importante - para não dizer vital - começar uma terapia.
"O Daniel me incentivou a procurar um psicólogo. Ele dizia: ‘Você precisa de alguém, um profissional que te ajude a entender o que é real e o que não é neste mundo das celebridades, senão vai enlouquecer’", lembra. "A nossa relação é de muito afeto. Impossível não sentir um enorme carinho por uma pessoa que você de certa forma acompanhou durante todas as fases do crescimento profissional", diz Daniel.
Como está com 31 anos, é justo dizer que passou mais da metade da vida no divã de Dora, sua psicanalista, com exceção de períodos de maior carga de trabalho, como agora, quando fica até 14 horas por dia no Projac. "Em épocas agitadas, a saída que encontrei foi apelar para a tecnologia. A gente se fala por telefone e por Skype", conta.
Novos desafios
Se na televisão Deborah já pavimentou a sua história, no cinema ela ainda dá os primeiros passos. O mais ousado foi no começo deste ano, quando protagonizou o longa-metragem Bruna Surfistinha. Antes disso, entre participações em filmes dos Trapalhões, Casseta e Planeta e Xuxa, o que vale a pena ser citado foi o papel de uma jovem e estonteante viúva em Meu Tio Matou um Cara, de 2004, em que dividiu a cena com Lázaro Ramos, Dira Paes e Ailton Graça.
Em Bruna Surfistinha, adaptação do livro da ex-garota de programa
Raquel Pacheco, que ficou famosa ao relatar suas experiências sexuais,
Deborah encarna o papel da prostituta. Foram nove semanas e meia de filmagem - boa parte do tempo com a atriz nua, em meio a uma dezena de atores e figurantes. "Não foi fácil, mas sou assim: me entrego ao personagem. Repito a cena quantas vezes for preciso, até satisfazer a mim e ao diretor", diz. Com a palavra, então, o diretor Marcus Baldini: "Ela une experiência e intensidade. Sua estreia como protagonista no cinema confirma o seu grande talento".
Próximo passo
E o próximo passo, Deborah? O que vem por aí? "Nunca fiz planos ou tracei metas. Uma das coisas que aprendi cedo na análise é que expectativa gera frustração", diz. "Aos 20 anos, não sabia onde estaria aos 30, assim como não tenho ideia de onde estarei quando tiver 40." Uma coisa, pelo menos, ela admite: quer interpretar papéis mais densos, até porque reconhece que a beleza e a juventude não são eternas. Gostaria, por exemplo, de encarnar personagens conturbados, desequilibrados, a exemplo da lutadora de boxe vivida por Hilary Swank em Menina de Ouro e a serial killer de Charlize Theron em Monster - Desejo Assassino.
Amor e religião
Casada há dois anos com o jogador de futebol Roger Flores, 32 anos, torna-se reticente quando o assunto é a vida pessoal. Ela tem motivos. No último ano, longe dos holofotes, viu seu nome estampar manchetes de revistas de celebridades sobre um possível rompimento com o atleta. Sem contar um passado mais distante, quando se envolveu com o músico Marcelo Falcão e o ator Dado Dolabella. "Estou vivendo uma fase ótima com o Roger", diz.
Católica a ponto de sempre citar Deus para os quase 400 mil fiéis que a seguem no Twitter (@dedesecco é seu perfil no microblog), Deborah credita a Ele as glórias e os percalços - do passado, do presente e do futuro. "As pessoas, de modo geral, parecem ter vergonha de falar de Deus. Acham brega", afirma. "Eu não. Faço questão de dizer que tudo o que acontece e aconteceu na minha vida é por causa Dele. ‘Que seja feita a Vossa vontade’, e não a minha."
Fonte: M de Mulher
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