Olá pessoal, bom dia!
Existem vários vídeos desse tipo no YouTube com a voz da locutora. “Eu não acho estranho a minha voz estar em várias brincadeiras do YouTube porque aquilo é uma máquina. Para mim, é a voz do Google, não sou eu”, disse ela sobre o episódio.
Regina não conta como foi o processo de seleção do Google, “O que posso falar é que participei de uma seleção com uma fonoaudióloga e comecei as gravações no início de 2009”. Fiquei sabendo das brincadeiras há quatro meses atrás, quando uma amiga, também locutora, contou. “Ela me disse: ‘Regina, olha o que estão fazendo com a sua voz’. Mas eu não levo para o lado pessoal. Eu acho que quem faz a brincadeira tem muito mais autoria do que eu”.
Para Regina essa fase deve ser passageira, logo essas pessoas devem encontrar outros meios para fazer piadas. “O brasileiro faz piada de tudo. Amanhã já tem algo novo na internet”, comentou. Seu trabalho no Google Tradutor ainda soa estranho para ela. “Na primeira vez que usei a ferramenta, eu ria sozinha. Apesar dos anos, ainda tomo sustos. Até hoje me impressiono com o que fiz”.
Além de ter trabalhado para o sistema, ela também usa o mesmo, pois, muitas vezes encontra dificuldades em saber como se pronuncia determinadas palavras e expressões. “Um dia fui gravar um institucional e tinha o termo ‘absenteísmo’. Por não saber como se falava, consultei a ‘voz do Google’ e deu certo”.
A locutora também já trabalhou como apresentadora da assistente virtual lançada pela Gradiente no ano 2000, a “Mediz”, onde a partir de um reconhecimento de voz os usuários ligavam para o portal e eram atendidos por vários locutores de plantão que davam notícias sobre o tempo e trânsito. “Essa foi uma experiência forte, era como se a máquina fosse uma pessoa. Teve uma moça que ligou desesperada porque o namorado estava apaixonado pela 'Mediz'. Sempre existiu esse fetiche pela máquina”.
Segundo ela é necessário entender os diferentes tons da voz para realizar diferentes trabalhos. “Há diferenças de linguagem para cada veículo. O rádio, por exemplo, é áudio puro, sem imagens, por isso a interpretação é mais acentuada”, exemplifica ela. Ela também afirma que a voz eletrônica não pode ser muito rápida, nem coloquial.
“A voz é a mesma, o que muda é o tom. Na minha opinião, o locutor é como o vinho, vai ficando cada vez melhor. Com o tempo, você aprende a usar o seu ‘instrumento’”.
Antes de trabalhar como locutora, ela trabalhou na mídia impressa, no jornal “A Tribuna”, de Santos, cidade onde nasceu. Depois, começou a fazer uma revista de moda que circulava pela cidade. Um dia, o diretor artístico da revista disse a Regina que ela tinha um timbre lindo e deveria ser locutora. “Ele, então, me convidou para fazer uma propaganda. Logo depois, quando a revista acabou, ele me convidou para apresentar uma rádio-revista. As pessoas começaram a gostar da minha voz. O rádio é maravilhoso porque você tem um retorno imediato dos ouvintes. E eu acabei me encantando”.
Quando volta do exterior para São Paulo Regina decide focar sua carreira como locutora. “Antes de começar no rádio, resolvi trabalhar em estúdio e tive a oportunidade de gravar com grandes locutores do Clube da Voz. Meu grande objetivo era ser locutora do grupo, que foi uma grande escola”. O Clube da Voz foi fundado em novembro de 1992 e reúne locutores que atuam em publicidade. O grupo é formado por radialistas, jornalistas, publicitários, atores e dubladores.
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