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Conheça e supere os motivos que impedem as pessoas de perdoarem uma traição

sexta-feira, janeiro 13, 2012


Olá pessoal, bom dia!

Mesmo os casais mais apaixonados estão sujeitos a enfrentar o vendaval chamado traição. São inúmeros os motivos que podem levar alguém a trair –vão desde tédio conjugal até a vontade de viver novas experiências ou, simplesmente, ter uma oportunidade. O fato é que, exceto nos casos em que uma nova paixão destrua a relação em definitivo, muita gente consegue, após algum tempo, perdoar a escorregada do parceiro. "Se existe amor, os dois juntos devem fazer um esforço para compreenderem e superarem esse momento, que pode ser extremamente doloroso. Mas, sim, sempre é possível restabelecer a confiança e a cumplicidade que foram abaladas", explica a psicóloga Carmen Cerqueira César, de São Paulo. Porém, não são poucos que, mesmo desejando esquecer o episódio e continuar o romance, não conseguem, por uma série de preocupações, como "O que vão pensar de mim?" ou "Será que isso vai acontecer de novo?".

Veja as dúvidas mais comuns e como lidar com elas:

Vergonha de perdoar
É recorrente o receio de continuar a relação por vergonha de ser visto como uma pessoa traída e incapaz de se impor. Os especialistas, nesse caso, avisam que a pessoa não deve colocar sua felicidade nas mãos de terceiros. Ou seja, nada de tomar decisões baseadas na opinião alheia. "Se os parentes ou os amigos não apoiarem a decisão, que pena. Mas é bom lembrar que quem gosta da gente de verdade não costuma cobrar, e, sim, apoiar as escolhas que nos fazem bem”, diz a psicóloga Roseana Ribeiro, do Rio de Janeiro, que completa: "Voltar atrás é uma conquista dos civilizados."


Medo de mudar de ideia
No auge da raiva, quem foi traído xinga de todos os nomes possíveis a pessoa que traiu. Depois, com os pensamentos mais calmos e o coração arrependido, precisa engolir os xingamentos que disparou aos colegas e parentes. Como só quem está em um relacionamento conhece todos os seus aspectos, fica difícil quem está de fora entender o por quê do perdão. Afinal, ninguém quer ver uma pessoa querida sofrendo por amor. "A vida de um casal diz respeito só aos dois, e mais ninguém. Por isso, tome muito cuidado com o que se fala no momento da dor. Porque depois, ao voltar atrás, você acaba ficando sem jeito de perdoar uma pessoa depois de tudo o que falou sobre ela para os outros", afirma a psicóloga Carmen Cerqueira César. Por isso, o ideal era que você não tivesse proferido todas as ofensas aos quatro ventos. Agora, que já o fez, mas decidiu perdoar, em vez de ficar dando mais detalhes sobre as razões do reenlace, é melhor, simplesmente, assumir a atitude e seguir adiante, quer gostem, quer não.



Receio de uma recaída
Para a psicóloga Luiza Ricotta, a principal sequela de uma traição é a perda da confiança com relação ao parceiro. “Isso torna a pessoa insegura sobre qualquer projeto comum, inclusive com relação à continuidade e permanência do vínculo, daí o grande número de separações”, diz ela. “Eu acho que o medo procede apenas se o parceiro ou a parceira for do tipo galinha”, diz Carmen Cerqueira Cesar. “Aí, é claro que haverá medo da recaída, porque faz parte do perfil da pessoa. Mas, às vezes, não é o caso, e a tal traição ocorreu por um motivo qualquer, possível de ser superado", afirma Carmen. Trata-se de um acidente de percurso, que merece ser reavaliado em nome de algo maior que existe entre os dois.

Não ferir seu orgulho
De que adianta tentar se fazer de forte e recusar todos os pedidos de desculpas de quem lhe traiu, se você ainda ama essa pessoa e acredita que uma segunda chance valeria a pena? Há quem sinta prazer em ver o outro se humilhar ao implorar desculpas e calcule um certo prazo sádico para o sofrimento alheio e, só depois dele, aceita o perdão. O problema é que o tempo passa e ninguém está imune de mudar de ideia... Se a intenção é superar a traição, faça isso logo. E, segundo a psicóloga Luiza Ricotta, autora do livro “Me Separei! E Agora?" (Ed. Ágora), é bom deixar o orgulho ferido de lado e refletir sobre a sua responsabilidade no que aconteceu.

Alimentar a autopiedade
Para muita gente, é cômodo ficar no papel de vítima, pois é uma forma de chamar a atenção (e ganhar paparicos) da família, dos amigos, dos colegas de trabalho... A história da traição vira um dramalhão mexicano. “Tem gente que vive e se sente valorizada sendo vítima o tempo todo. A autoestima dessa pessoa é tão baixa que ela se sente merecedora de um subproduto do amor, a pena.", diz Carmen Cerqueira César, psicóloga. Dessa forma, não retomar o romance serve como pretexto para ser visto como uma vítima do ex-parceiro. Infelizmente, quem age assim, mesmo que volte aos braços da pessoa amada, corre o risco de sempre jogar a traição na cara dela, a não ser que mude a forma de se relacionar.


Medo do futuro a dois
O medo em relação ao futuro reúne razões muito profundas, ligadas à quebra de confiança e lealdade, o que pode tornar dificíl a reconstrução da relação”, afirma Poema Ribeiro, psicóloga com especialização em casal e família, da Clínica Therapêutica São Francisco Xavier, em São Paulo. Para Roseana Ribeiro, psicóloga do Rio de Janeiro, é fundamental acreditar que tudo dará certo. “Afinal, a volta será sempre uma nova relação. Não dá para começar pensando no fim. Quem tem medo de perder, perde. Muitas vezes, o medo é tanto que a pessoa acaba agindo de uma maneira que afasta o outro”, diz ela. “É muito importante que as pessoas tenham uma boa estrutura emocional para poderem se sustentar emocionalmente. Assim, elas são livres de fato, elas podem escolher”, diz a psicóloga Carmen Cerqueira César.

Fonte: UOL


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